A Vai-Vai é a campeã do carnaval paulistano em 2008, com 90 pontos. O título foi definido nesta terça-feira (5), no último quesito, com a última nota. Mocidade Alegre ficou em segundo lugar e Vila Maria, em terceiro. Águia de Ouro e Camisa Verde e Branco foram rebaixadas. Unidos do Percuhe e Leandro de Itaquera vão voltar ao Grupo Especial no ano que vem.
A escola do Bexiga já tinha outros 12 títulos. Entre eles, um tetracampeonato de 1998 a 2001, um tricampeonato de 1986 a 1988 e um bicampeonato em 1981 e 1982.
"Acreditei até o final", disse o presidente da escola, Edmar Thobias, sobre o mais novo campeonato. “Acho que o que nos levou a vencer foi o trabalho realizado durante o ano inteiro, durante o desfile, e a união da minha comunidade.”
Sobre a disputa apertada com a Mocidade, que vinha liderando a apuração, Thobias ressaltou a profissionalização da folia. "É difícil dizer por que a gente ganhou. O canaval de São Paulo chegou em um nível em que quem erra menos ganha. E a gente errou um pouquinho menos."
Classificação/Escola/Nota
A escola do Bexiga já tinha outros 12 títulos. Entre eles, um tetracampeonato de 1998 a 2001, um tricampeonato de 1986 a 1988 e um bicampeonato em 1981 e 1982.
"Acreditei até o final", disse o presidente da escola, Edmar Thobias, sobre o mais novo campeonato. “Acho que o que nos levou a vencer foi o trabalho realizado durante o ano inteiro, durante o desfile, e a união da minha comunidade.”
Sobre a disputa apertada com a Mocidade, que vinha liderando a apuração, Thobias ressaltou a profissionalização da folia. "É difícil dizer por que a gente ganhou. O canaval de São Paulo chegou em um nível em que quem erra menos ganha. E a gente errou um pouquinho menos."
Classificação/Escola/Nota
1º Vai-Vai - 90,00
2º Mocidade - 90,00
3º Vila Maria - 89,75
4º Rosas de Ouro - 89,75
5º Tom Maior - 89,00
6º X-9 Paulistana - 88,75
7º Mancha Verde - 88,50
8º Nenê de Vila Matilde - 88,50
9º Império de Casa Verde - 88,25
10º Pérola Negra - 87,50
11º Gaviões da Fiel - 87,50
12º Tucuruvi - 87,25
13º Águia de Ouro - 87,00
14º Camisa Verde e Branco - 86,00
2º Mocidade - 90,00
3º Vila Maria - 89,75
4º Rosas de Ouro - 89,75
5º Tom Maior - 89,00
6º X-9 Paulistana - 88,75
7º Mancha Verde - 88,50
8º Nenê de Vila Matilde - 88,50
9º Império de Casa Verde - 88,25
10º Pérola Negra - 87,50
11º Gaviões da Fiel - 87,50
12º Tucuruvi - 87,25
13º Águia de Ouro - 87,00
14º Camisa Verde e Branco - 86,00
Comemoração
Aos gritos de "sai, sai da frente, sai que a Vai-Vai é chapa quente", a torcida da escola começou a festa na quadra da escola, na Bela Vista, assim que o resultado foi anunciado.
As pessoas correram para a rua e já começaram a batucar e cantar o samba-enredo campeão. Logo depois, decidiram seguir a pé até a igreja de Nossa Senhora Achiropita para agradecer o bom desempenho.
Aos gritos de "sai, sai da frente, sai que a Vai-Vai é chapa quente", a torcida da escola começou a festa na quadra da escola, na Bela Vista, assim que o resultado foi anunciado.
As pessoas correram para a rua e já começaram a batucar e cantar o samba-enredo campeão. Logo depois, decidiram seguir a pé até a igreja de Nossa Senhora Achiropita para agradecer o bom desempenho.
Desfile
A Vai-Vai levou para a Avenida, na segunda noite de desfile, no sábado (2), o enredo “Acorda Brasil”, cantado pelo puxador Carlos Júnior, o Carlão. O carnavalesco foi Chico Spinosa.
O samba surgiu de uma peça do empresário Antônio Ermírio de Morais e aponta a educação como forma de discutir a inclusão social. Até os últimos momentos do desfile, a arquibancada permaneceu levantada para ver o carnaval da escola passar.
A Vai-Vai levou para a Avenida, na segunda noite de desfile, no sábado (2), o enredo “Acorda Brasil”, cantado pelo puxador Carlos Júnior, o Carlão. O carnavalesco foi Chico Spinosa.
O samba surgiu de uma peça do empresário Antônio Ermírio de Morais e aponta a educação como forma de discutir a inclusão social. Até os últimos momentos do desfile, a arquibancada permaneceu levantada para ver o carnaval da escola passar.
A Vai-Vai afirmou que fez neste ano seu desfile mais luxuoso dos últimos dez anos. Participaram do espetáculo mais de 4 mil componentes, divididos entre 31 alas e cinco carros alegóricos.
A tradicional escola do Bexiga tinha o objetivo de conscientizar as autoridades e a população do país. Carros imponentes e muita alegria foram ingredientes especiais na apresentação da Vai-Vai.
A tradicional escola do Bexiga tinha o objetivo de conscientizar as autoridades e a população do país. Carros imponentes e muita alegria foram ingredientes especiais na apresentação da Vai-Vai.
Carros luxuosos
Um dos carros teve um chafariz com água de verdade. Quem estava perto, chegava a receber pingos de água, que eram bem recebidos numa noite quente. Na mesma alegoria, canhões lançavam fogo. Outro carro que impressionou foi o que levou o símbolo da escola, a coroa.
No quinto carro, a orquestra sinfônica de Heliópolis, comunidade da Zona Sul da capital, foi para a passarela, junto com o cantor Mano Brown, o maestro Silvio Baccarelli e o senador Eduardo Suplicy.
Entre as beldades que participaram da festa estavam a apresentadora e modelo Amanda Françozo, que foi madrinha da bateria da Vai-Vai pela primeira vez, e a bailarina Ivi Mesquita, que ocupou o posto de rainha da bateria.
Desfile impecável
No fim do desfile, o presidente da agremiação classificou a apresentação como “impecável”. "Com certeza vamos estar aqui no desfile das campeãs. E se Deus e Nossa Senhora Achiropita (padroeira do bairro do Bixiga, berço da agremiação) quiserem será como campeã". Os jurados concordaram.
No fim do desfile, o presidente da agremiação classificou a apresentação como “impecável”. "Com certeza vamos estar aqui no desfile das campeãs. E se Deus e Nossa Senhora Achiropita (padroeira do bairro do Bixiga, berço da agremiação) quiserem será como campeã". Os jurados concordaram.
Extraído do site: www.globo.com/carnaval2008
Veja as imagens do desfile da Vai-Vai através dos links abaixo:
HISTÓRIA DA VAI-VAI
O Grêmio Recreativo Cultural Escola de Samba Vai Vai é uma escola de samba fundada por um grupo de notáveis sambistas no bairro do Bexiga, pertencente ao distrito da Bela Vista, São Paulo, Brasil.
No início do século, havia no bairro do Bixiga um time de futebol e grupo carnavalesco chamado Cai-Cai, que utilizava as cores preto e branco, tinha um grupo de choro e jogava no campo do Lusitana, próximo ao cruzamento das ruas Rocha e Una, na região do Rio Saracura. Por volta de 1928, um grupo de amigos, liderados por Livinho e Benedito Sardinha, ajudava a animar os jogos e festas realizadas pelo Cai-Cai, porém eram sempre vistos como penetras e arruaceiros, sendo apelidados de modo jocoso como "a turma do Vae-Vae". Expulsos do Cai-Cai, estes criaram o "Bloco dos Esfarrapados", e paralelamente, o Cordão Carnavalesco e Esportivo Vae-Vae, que foi oficializado em 1930.
O Vae-Vae adotou as cores preto e branco, as cores do Cai-Cai invertidas, como forma de ironizar o cordão do qual se separaram. Seu primeiro estandarte foi feito de cetim preto ornados com franjas brancas, tendo como símbolo no centro o desenho de uma Coroa com dois ramos de café e abaixo dos ramos, o nome do cordão, seguido da data de fundação.
Seu primeiro compositor foi Henrique Filipe da Costa, o Henricão, que compôs o samba de 1928: "Quem Vive Aborrecido Distrai no Bloco Carnavalesco Vai Vai". Também de sua autoria foi o samba de 1929, que dizia "O Vai Vai na rua faz tremer a Terra / Quem está ouvindo e não vê / Chega a pensar que é guerra". Nos anos 80, Henricão viria a ser o primeiro Rei Momo negro do carnaval paulistano.
O primeiro desfile oficial do Cordão Vai Vai, foi em fevereiro de 1930, o tema era sobre São Paulo e o samba novamente foi feito por Henricão:- “Salve São Paulo, tens o céu cor de anil/ Possui a riqueza e a grandeza, és o coração do Brasil".as fantasias eram livres, e nelas predominavam o preto e o branco. No segundo desfile, em 1931, o foi cantado um samba exaltando ao Cordão Vai-Vai. Em 1932 devido à revolução, foi o único ano que o Cordão Vai-Vai não desfilou, mas em 1933, o Vai-Vai volta com um tema em Homenagem à Marinha Brasileira, com todos vestidos de marinheiros. De 1934 até 1965 o Vai-Vai não tinha um samba enredo, mas sim sambas exaltação, que eram cantados durante o desfile, sambas como sempre compostos por Tino e Henricão.
Djalma Branco, junto com Carioca, elaboraram grandes enredos na década de 60, tais como "O segundo casamento de Dom Pedro", em 1966. Por falta de verbas, em 1967 o cordão repetiu o enredo e levou o título, o que gerou grande confusão entre os concorrentes. Em 1968 o enredo foi: "A vinda da família real", onde o Vai-Vai teve como figurinista a mais alta patente em alta costura da época, o costureiro “Denner”. Sua vinda revolucionou o mundo do samba paulistano. Ainda como enredos a Vai-Vai teve em 1969 -"Aleijadinho", em 1970 - "Princesa Leopoldina" - último título da entidade como cordão carnavalesco - e em 1971 -"Independência ou Morte", sendo Zedi o compositor do último samba do tempo de cordão.
No início dadécada de 70 a categoria dos cordões carnavalescos já estava decadente e todos passaram a se transformar em escolas de samba. Em 1972 a Vai-Vai torna-se oficialmente uma escola de samba, com a nomenclatura Grêmio Recreativo Cultural e Escola de samba Vai-Vai, estreando logo no Grupo Especial. Porém o primeiro título como escola de samba chegou em 1978, seis anos depois da mudança. Outros títulos também foram conquistados em 1981, 1982, 1986, 1987 e 1988.
No final dos anos 90 e início dos anos 2000 a escola viveu a sua melhor fase, quando após conquista o título de 1996, foi tetra campeã consecutiva entre 1998 e 2001. Às vésperas do desfile de 1999, a escola causou polêmica com a Confederação Israelita do Brasil, a Federação Israelita do Estado de São Paulo e a B'nai B'rith do Brasil, entidades judaicas que protestaram contra uma das alas da Vai-Vai, que apresentava fantasias com o desenho da suástica como adereço, com a intenção de representar a suposta previsão sobre Adolf Hitler feita por Nostradamus, título do enredo daquele ano.
Sólon Tadeu, presidente da escola na época, desculpou-se com representantes das três entidades, em uma reunião, argumentando que a escola não teria intenção de ofender, mas sim de apenas representar aquele elemento no enredo. Ainda assim, a escola decidiu desfilar com tarjas pretas sobre o polêmico adereço.
Em 2004, durante os 450 anos da cidade de São Paulo, a escola homenageou o próprio bairro, o Bexiga, assim como toda a Bela Vista, e obteve um dos piores resultados de sua história, o 11º lugar, após alguns problemas na evolução.
No ano seguinte, terceira a desfilar na sexta-feira, a escola veio "mordida", e após um longo período na concentração, entrou muito bem na avenida, sendo considerada até o fim a favorita para o título daquele ano. Liderava a apuração, quando inesperadamente tirou algumas notas 9 novamente em quesitos como evolução e harmonia, terminando em quinto lugar. Naquele ano, a bateria protestou contra algums de suas notas, e decidiu também que não desfilaria no desfile das campeãs, tendo após isso o presidente também decidido que a escola não participaria do desfile.
Em 2006, novamente foi apontada como uma das favoritas, e chegou mais perto do título, mas por meio ponto acabou em segundo lugar.em 2007, já sob o comando do presidente Tobias e com Waguinho como intérprete, a Vai-Vai, novamente apontada como favorita, terminou na terceira colocação. O novo presidente, logo após o desfile, não polemizou sobre o resultado, reconhecendo a vitória da Mocidade Alegre, embora dizendo que gostaria de ver as justificativas de algumas notas do quesito enredo
Após o Carnaval, a escola teve que abandonar seus ensaios no bairro do Bixiga, pois sua sede não era suficientemente grande para abrigar os ensaios, e por isso estes sempre aconteciam nas ruas em volta da escola. Alguns moradores, que durante muitos anos protestaram contra supostos transtornos trazidos á vizinhança por estes ensaios, finalmente fizeram com que a prefeitura os cancelasse. Mesmo assim os ensaios continuam sendo feitos nas ruas do Bexiga.
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